Sem Vitalidade

E o sol se põe lentamente, gradativamente a figura do poeta some feito sombra desorientada. Em poucos segundos tudo se partiu, sem nenhum sopro da tempestade, nenhuma onda do mar. Em mil pedaços estava quebrado ali, paradinho, todos que passavam viam os destroços, nenhum que se diz humano estendeu a mão para agregá-los.

E a sombra do poeta já caminhava longe… Seu corpo perdera mente, cérebro, e ali no chão seu coração. Serão longos os dias até se recompor, serão tristes as noites de agonia. Será terrível para o poeta viver sem sua alegria, mais uma vez o amor sugou toda sua vitalidade…

Agora em músicas, versos e monólogos ele mostra ao mundo sua dor. No fundo do peito, somente um vão… Nos sonhos: o passado, as lembranças que, mesmo sendo poucas, estiveram presentes. O coração ainda pulsa, em mil pedaços, destroços que, feito poeira, o vento levou pra longe, e apesar de remotas, o poeta acredita que tem chance em recompô-lo.

Apesar de todas as dificuldades, todas as barreiras no caminho, todos os clichês que seus amigos irão falar. Ele sempre vai se recompor, ele irá voltar a pulsar, pode demorar tempos e tempos. E de tudo nesse mundo, uma certeza o poeta tem: nunca será a primeira nem a última vez que nosso coração será quebrado, muito menos a última vez que vamos desistir de acreditar no amor, mas acredite, ele existe!

. Texto escrito por: Diego

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