Desabafo

Já sei que um dia nós já fomos inesquecíveis para uma pessoa. Um dia foi perfeito, pelo menos numa singela maneira de pensar. Pelo menos o pelo menos não pode dizer que não foi verdade, já que tal verdade é que certos momentos que passamos, provavelmente, nunca serão apagados da memória. Mas será que o outro se lembrará de tais momentos?
E o medo de que aquilo tudo aquilo não volte mais? E o medo de ter medo que só um lado da questão veja o mundo de olhos fechados, e pensar que todos os momentos não passaram de uma perda de tempo que atrasou a vida por muitos e muitos instantes? E o medo de ter medo? E o medo de parecer infantil e choramingar numa cama fria e incessível antes de dormir?
E as promessas feitas? Tudo mentira? Não, apenas fugiram um pouco da realidade. Não falo só de mim, nem só de você, caro leitor, falo de nós, ambas as partes deste velho pergaminho, que agora, meio que por abiogênese, tenta se renovar e voltar a ter uma vida normal.
Nunca mais tinha descrito sentimentos, mas voltaram à tona, e voltaram da pior maneira de se pensar: Convicções. Tais convicções que agora me deixam com medo de olhar pra frente e ver o futuro. Tais convicções que me deixam preso no passado, aliás, em um pequeno passado, que nunca será esquecido, mas com certeza, será reescrito por mim, muitas e muitas vezes.
Mas e o medo? E o receio? E tal receio de não ser mais o único? De não ser perfeito? De ser aquele que todos julgam errado e dizem que não presta? De ser aquela marionete manipulada por uma mente maligna e cruel? De ter ciúmes por coisas bobas e no final se arrepender? De novamente dizer “eu te amo” e se machucar futuramente? E aqueles momentos bons voltarão? Vou reviver novamente? Vou ser perfeito de novo? E se algo der errado? Se der errado… Pelo menos direi que me entreguei de corpo e alma. E se der errado, não me arrependerei de nada. E se der errado, espero que não mais.
P.S.: Não entenda leitor, usei esse espaço para desabafar.
Texto escrito por:Diego M.

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