Estilo é o que Há!

Quero ser diferente de vocês, mesmo que pra isso tenha que inventar gostos estranhos pra ninguém me invejar. E aliás, quando dizemos que a idéia é nossa eles ficam “putos”. Por aqui? Nada mudou, a criatividade continua zero, são sempre aquelas poses mais manjadas com aqueles sorrisos forçados pra passar uma idéia de felicidade.
E as fotos? São sempre em lugares bonitos querendo passar uma idéia de ricos, sempre bem vestidos, mais se você abrir o guarda roupas nós contamos a dedo às roupas das fotos! Que aliás, são editadas por uma pessoa que nem sabe o que é “photoshop” e muito menos o “Corel”.
Se as fotos são assim imagina as legendas, esse povo é tão original que quando não roubam nossas legendas, querem pagar de inteligentes, entram no “Google” e procuram um “tradutor online” dos mais vagabundos e botam mensagens desse tipo pra traduzir: “Nois de boa na praia”, ou então “Vibe positiva”.
Imagina então esses “socialight” na festa, ai a tragédia fica quase completa. Nessas tais festa só dá “Zé ruela” que pega o carrinho da mamãe com um “somzinho”, detalhe, esses não tem nem onde cair morto, dizem que bebe, bebem sim, “uísque” do amigo ou então compram uma “Long Nec” no posto e ficam a noite toda desfilando com a mesma, se dizem “reggaeiros”, mas quando toca um forró são os primeiros a irem dançar.
Imagina a cena na academia, então pega e bota 15Kg de cada lado e diz que ta ficando forte, enganam os bestas dizendo que tão tomando “veneno”, mas eu que nem malho sou mais definido e tenho mais força que eles. E as meninas então vão pra lá só pra conversar ou então pra se atirar em cima do caras que passam a idéia de ter grana, e sem falar dos cabelos delas que são piores do que os meus quando eu acordo, e alisam de mês em mês, ficam aquelas coisas mais tocas do mundo e acham que tão abalando. E quando fazem chapinha então, ficam de olho pra ver se vai chover pra não desmanchar os penteados , normalmente usam aquelas chapinhas mais quebradas do que “cabelo de nego” quando desfaz o dread.
Esses são apenas exemplos de um caos cotidiano em que vivemos em BH.
Texto escrito por: Diego Martins

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