O Diego

Diego vive bem, podemos dizer. Adolescente, já chegando à fase adulta.
É um sonhador, e têm projetos para o futuro, projetos para o presente, e espera que todos saiam que nem sua mente planejou.
Nada na vida é fácil, todos sabemos. Às vezes precisamos fechar os olhos para o mundo e imaginar que tudo ao nosso redor está correndo bem. Mesmo que o mundo esteja desabando sobre sua cabeça, mesmo que queira pular da ponte. Sempre com um sorriso no rosto, pessoalmente ninguém percebe o que se passa em sua mente. Brincalhão que só ele, sempre tenta levantar o astral de todos.
Às vezes sente-se só, e descarrega todas suas frustrações escrevendo e escrevendo. Pretende lançar um livro, seu escritor preferido é seu Pai. Textos tão belos que emocionam os corações mais duros e arrogantes.
Diego tem um grande problema, o coração. Não uma doença, mas bem que a medicina de hoje em dia já poderia considerar isso como uma doença. Ele tem um coração bom. Difícil hoje em dia ter coração tão mole. Coração tão mole que às vezes dói. Dói muito, dor tão insuportável que nem o mais bravo cavaleiro medieval suporta. Cai do cavalo.
Diego é um observador. Em um plano paralelo enxerga os detalhes do mundo. Tal mundo paralelo que lhe deixa feliz. Um mundo sem dor. O mundo dos Anjos.
Tais Anjos conversam com Diego, teoricamente isso seria loucura, não na prática. Tente, quando você estiver deitado em seus aposentos, se preparando para dormir. Tente visualizar e deslumbrar os pequenos seres na janela. Aqueles pequenos seres que lhe chamam para conhecer um mundo novo. O Mundo dos Anjos.
Diego prefere sim, habitar esse mundo, mas não agora, não se sente bem aqui. Uma série de mudanças, uma série de dores. Cadê a tal luz no fim do Túnel? Aquela luz que leva esperança, e era sua ultima esperança. Fecharam o túnel. Tarde demais para conseguir fugir.
Agora ele vai ter que encarar o Mundo de frente. Esse Mundo. Tão severo com seus habitantes. Oh, mundo cruel!
Diego tentou muitas vezes conviver bem com os Anjos daqui. Tais cupidos que parecem trabalhar com outras forças, só lhe levam para o caminho errado. Maldito sejam os cupidos. Nem com uma legião de Gladiadores conseguirá derrotá-los.
Será que Diego quer derrotá-los?
Difícil saber. Já se acostumou com as flechadas certeiras. Já se acostumou com as dores. Não quer mais dores, que seja. Mas como conseguir viver em paz, sem conseguir ganhar a guerra interna. A guerra que Diego tem diariamente com sua mente. A guerra que Diego tem diariamente com seu coração. Maldito coração. Ninguém merece isso. Ninguém merece as maldades do coração. Diego ainda vai criar um coração robótico. Para podermos escolher por quem sofrer.
Continua…
. Texto escrito por: Diego Martins

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